sábado, 28 de agosto de 2010

Filme: O Show de Truman - O show da vida!


Após apreciar o filme dirigido pelo conceituado Peter Weir, me peguei fazendo algumas reflexões de até onde a invasão da mídia pode chegar. E o pior, ter audiência para coisas tão fúteis e sem conteúdo, como é o caso dos Reality Shows que as TVs brasileiras trouxeram do exterior e registram altas exorbitantes no Ibope. Assim como era no Show de Truman. Milhares de telespectadores acompanhavam por 30 anos a vida e privacidade de uma pessoa desde o seu nascimento até o momento em que Truman percebe que sempre esteve envolvido em um mundo fictício criado apenas para um programa líder de audiência em uma TV paga. A maneira como a TV transformou a vida de uma pessoa anônima em sucesso no filme é o mesmo que ocorre com a mídia diariamente, através dos sensacionalismos que ela desenvolve em cima de temas ou acontecimentos que não necessitavam de tamanho alvoroço. Isso, alvoroço, é o que a mídia mais procura fazer!

O protagonista do Show só se deu conta de tudo que acontecia, quando uma câmera caiu quase que em sua cabeça, aí Truman começou a prestar mais atenção a tudo que ocorria em sua volta, as imagens repetitivas, os fatos de todos os dias, entre outros. Daí, desconfiado de tudo e de todos, ele começa a procurar por câmeras escondidas em todos os cantos, percebendo ainda que até os amigos, casamento, família, tudo, são irreais.

Quando as pessoas participam dos Reality Shows, elas estão ali buscando fama, dinheiro, popularidade, mas no caso de Truman, foi diferente, ele era apenas uma vítima do sistema que foi escolhido entre milhares de americanos, sem ter o mínimo conhecimento de tudo o que o envolvia. Aí foi mais que um abuso de privacidade, desrespeito às normas e leis de condições de cidadania, falta de ética, decência, sem preocupações com a integridade de um ser humano. Fama, sucesso e dinheiro a qualquer custo.

Mesmo que para conseguir isso tudo, seja necessário fazer de uma pessoa simples, uma estrela ofuscada pelos holofotes da vida real e, uma estrela brilhante pelos holofotes da mentira, falta de ética, fantasia e ganância do mundo da mídia. E os responsáveis por isso somos todos nós, os telespectadores, afinal a mídia só coloca na telinha aquilo que a massa aprecia, o que dá retorno, dá Ibope. E fica a indagação: Será que seremos um dia como Truman e vamos conseguir nos libertar deste mundo irreal que a mídia nos condiciona? Haverá também para nós uma porta, uma saída no final?

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